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segunda-feira, 29 de novembro de 2010

A Guerra do Rio

Cobertura jornalística: cadê os coletes à prova de bala?

Tenho observado, como expectadora, a cobertura dos coleguinhas que estão no front da Guerra do Rio, no Complexo do Alemão. E tenho feito isso de vários ângulos. Como ex-repórter policial que trabalhou  de madrugada no Jornal POVO, é um desses lados.
Por isso posso dizer que nossos coleguinhas estão passando perrengue nessa cobertura. E isso acontece porque nem todas as empresas de comunicação oferecem estrutura para o profissional atuar em área de risco. Porque na cobertura da violência o Rio de Janeiro, desde a década de 80, já era "área de risco". O problema é que ninguém tinha coragem de dar a cara à tapa ou jogar a M. no ventilador. Medo de perder o emprego é um dos motivos.
Reconheci pelo vídeo vários coleguinhas. Alguns realmente merecem ser chamados dessa forma. Uma delas é Cláudia Moraes. Foi minha "chefe" no POVO. A loura estava ontem posando de papagaio de pirata em diversos ângulos.
Apesar de não morrer de amores por ela, o que me chamou a atenção nem foi a sua presença, mas o fato de realmente ela estar ali sem colete. Assim como ela outros mais.
Os profissionais da Globo e da Record estavam com equipamento de segurança. Se me perguntarem se é preciso, afirmo que sim!!!! Afinal, estamos numa guerra! Ah... antes que esqueça. Estou amando observar esse trabalho como expectadora (afinal escrever para revista é muito melhor, mais tranquilo e não corro risco de vida de graça). Meu senso crítico está mais apurado. Sobre isso farei comentários mais tarde.

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