Um país que vai pra frente e trava
Essa história (da Carochinha) de Dia Internacional de Combate à Corrupção, além de me embrulhar o estômago - haja Sal de Frutas Eno - me fez lembrar uma musiquinha ufanista da época da Ditadura Militar. Eu, pirralha de uns seis ou sete anos, metida a desde cedo assistir o Jornal Nacional em sua primeira edição, numa determinada época, geralmente no periodo que antecedia ao Sete de Setembro, vivia cantarolando as musiquinhas chinfrins que a turba de Brasília mandava a gente cantar. E o pior é que o povo cantava. A propaganda da Ditadura Militar era uma coisa de louco.
Me lembro de uma mais ou menos assim: "Esse é um país que vai pra frente. De uma gente amiga e tão contente. É um pais que canta, trabalha e não se cansa... e seguia por ai.
Lembro também que muitas versões dessas músicas eram "adulteradas" a galera sacaneava, mesmooooo. Tinha uma que era assim: "As praias do Brasil ensolaradas. O chão onde o país se elevou". A turma da turba modificou: "Maconha no Brasil foi liberada. Até o presidente já provou". E isso em pleno governo do Emílio Garrastazu Médici. Até hoje não asei a quem puxei na familia para gostar tanto de política. Meu pai, um alto funcionário da Vale do Rio Doce, tremenda estatal, na época, passava ao largo dessas coisas. Se contentatava com o Flamengo ganhando no Maracanã de Mário FIlho, lotado e no dia seguinte enfiava o Jornal dos Sports (o querido cor-de-rosa), debaixo do lado e seguia a vida. Nem sei porque tantas lembranças a essa altura do campeonato. Vai ver que foi por conta das cenas que vi ontem através do Jornal da Globo. PMs dando porrada em manifestantes em brasilia que reclamavam da zona em que a cidade se transformou por conta de tanto toma-lá-dá-cá. Deixa estar 2010 vem aí.
A moderna Tecnologia da Informação está ao alcance de todos. A grande rede nos conecta. O mundo globalizado existia muito antes da queda do Muro de Berlim. Sábias palavras do "Velho Guerreiro": "Quem não se comunica, se trumbica". Espalhaffatto é isso. É a tecnologia possibilitando ao internauta parar para repensar os fatos, não como a notícia se apresenta, mas nas entrelinhas dela. Aqui está o seu espaço para refletir sobre o que vemos e o que nos contam. A versão final é você quem dá.
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