Desilusões perdidas
Gente, recebi essa "listinha" - na verdade são duas - e tenho que dividir essas pérolas com vocês. Confesso que nos dois casos já cometi algumas dessas heresias, tanto como asessora de imprensa, quanto como jornalista. Mas, confesso também que o pior foi não isso. O pior foi não ter ouvido a família quando me alertou sobre a profissão.
Então lá vai...
20 cagadas imperdoáveis de um assessor de imprensa
1. Exigir que o jornalista deixe seu assessorado ler e aprovar a matéria antes da publicação.
2. Ligar várias vezes para a redação para saber quando a matéria vai sair.
3. Confundir o mailing do Maxpress com uma metralhadora de uso exclusivo de um cego.
4. Prometer uma mesma pauta exclusiva a três jornais diferentes.
5. Ser mais chato do que vendedor da Telefônica ao fazer um follow-up (release não é Detecta, nem Speedy).
6. Desconhecer a rotina de uma redação e ligar bem na hora do fechamento, na hora da reunião de pauta ou na hora em que o pauteiro está tentando seduzir a estagiária.
7. Achar que o assessor é um mero distribuidor de releases; não entender nada de estratégia e planejamento.
8. Ser refém da maldita centimetragem.
9. Mostrar desconhecimento do negócio de seu assessorado quando questionado por um jornalista.
10. Confundir “cultivar relacionamentos” com “puxar o saco”.
11. Acreditar quando o dono da agência diz que lá você terá a qualidade de vida que não tinha na redação.
12. Vender uma pauta sobre os negócios ambientalmente responsáveis de seu cliente a uma revista de Jardinagem.
13. Servir filé mignon ao molho madeira na coletiva de imprensa de lançamento de um restaurante vegetariano.
14. Enviar uma imagem em baixíssima resolução quando o repórter pedir uma com, pelo menos, 300 dpi.
15. Ficar falando um monte de merda (mais do que o assessorado) ao acompanhar uma entrevista.
16. Convocar uma coletiva apenas para dizer que sua cliente, uma ex-BBB, mudou a tintura do cabelo.
17. Presentear o repórter com um vírus, que estava num release bem promíscuo anexado ao e-mail.
18. Agendar uma entrevista com o jornalista e esquecer de avisar o assessorado.
19. Escrever um release bem tosco (longo, chato, sem foco, cheio de erros de português), digno de virar piada na redação.
20. Tentar convencer o jornalista de que o peixe que você está querendo vender é um delicioso filé de salmão quando não passa de uma pescadinha safada (e congelada).
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30 cagadas imperdoáveis de um jornalista
1. Perceber que o gravador está sem pilhas só na hora de ligá-lo.
2. Não ter caneta ao começar uma entrevista.
3. Esquecer o nome do entrevistado (mas se o entrevistado for um ex-BBB, a cagada é perdoável).
4. Escrever um texto cheio de clichês.
5. Colocar uma maldita vírgula entre o sujeito e o verbo.
6. Falar “a nível de” e achar o máximo.
7. Fazer perguntas sem nexo a um entrevistado por desconhecimento do assunto.
8. Chegar atrasado e todo suado a uma pauta importante.
9. Falar palavrões num link de TV acreditando estar fora do ar.
10. Editar a matéria de um repórter e assinar com o nome de outro.
11. “Matar” um personagem vivo por erro de apuração.
12. Cometer uma barriga com base em informação de um perfil fake do Twitter.
13. Confundir boato com fato.
14. Esquecer na redação a credencial para um evento importante.
15. Tornar-se assessor de imprensa mesmo odiando ser assessor de imprensa.
16. Narrar um gol do XV de Piracicaba como se fosse do XV de Jaú (e vice-versa).
17. Continuar fazendo frilas para uma editora que sempre dá o cano na hora de pagar.
18. Não dar ouvidos ao pai quando ele perguntar “você tem certeza que quer estudar mesmo jornalismo?”.
19. Publicar legenda esquecendo de deletar o texto de advertência “checar o nome do careca da foto”.
20. Chegar a uma pauta num velório e perguntar para a família do morto se está tudo bem.
21. Entrar no ar com a boca cheia de biscoitos, principalmente se for na TV Globo.
22. Estender a mão para cumprimentar um entrevistado cego.
23. Perder 50 linhas de um texto que não foi salvo depois de um tilt do computador, a poucos minutos do fechamento.
24. Dar em cima da estagiária gostosa que é amante do diretor de redação.
25. Dar para a fonte achando que só por causa disso terá informação privilegiada.
26. Se empanturrar de comer numa coletiva já estando com uma prévia indisposição estomacal (cagada literal).
27. Esquecer de ouvir o outro lado, mesmo que o outro lado seja o do doutor Paulo Maluf.
28. Levar a(o) namorada(o) para uma pauta roubada num sábado à noite.
29. Interromper uma entrevista porque o seu celular tocou (se o toque for um axé, cagada duplamente imperdoável).
30. Não entender a própria letra no bloquinho de anotações.
A moderna Tecnologia da Informação está ao alcance de todos. A grande rede nos conecta. O mundo globalizado existia muito antes da queda do Muro de Berlim. Sábias palavras do "Velho Guerreiro": "Quem não se comunica, se trumbica". Espalhaffatto é isso. É a tecnologia possibilitando ao internauta parar para repensar os fatos, não como a notícia se apresenta, mas nas entrelinhas dela. Aqui está o seu espaço para refletir sobre o que vemos e o que nos contam. A versão final é você quem dá.
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